O dólar americano diminui quando o valor do dólar é menor em comparação com outras moedas no mercado de câmbio estrangeiro. Geralmente, isso significa que uma moeda estrangeira, por exemplo como o euro, pode comprar uma quantidade cada vez maior de dólares.
A queda do dólar também pode significar uma queda no valor dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos. Isso aumenta os rendimentos e as taxas de juros do Tesouro. Os rendimentos das notas do Tesouro são o principal impulsionador das taxas de hipotecas. Podemos dizer que os bancos centrais estrangeiros e os fundos soberanos também estão retendo menos dólares, causando a diminuição da demanda por dólares.
Efeitos
Um dólar mais fraco compra menos bens estrangeiros. Isso aumenta o preço das importações, contribuindo para a inflação. À medida que o dólar se enfraquece, os investidores do Tesouro de 10 anos e outros títulos de referência vendem seus ativos denominados em dólares.
Os contratos de petróleo e outras commodities são geralmente comparados em dólares. Como resultado, houve uma relação inversa entre o valor do dólar e os preços das commodities. Essencialmente, à medida que o valor do dólar cai, os preços denominados em dólar dessas commodities devem aumentar para refletir seu valor praticamente inalterado.
Já o lado positivo, o enfraquecimento do dólar ajuda os exportadores americanos. Seus produtos parecerão mais baratos para os estrangeiros. Isso impulsiona o crescimento econômico dos Estados Unidos, o que atrai investidores estrangeiros para as ações americanas. No entanto, se um número suficiente de investidores trocasse o dólar por outras moedas, isso poderia causar um colapso do dólar. Esta é uma consideração amplamente teórica. A probabilidade desse desenvolvimento é extremamente baixa.
Causas
Em 2010, a Lei de Conformidade Fiscal de Contas Estrangeiras exigiu que bancos estrangeiros e outras instituições financeiras divulgassem informações sobre renda e ativos mantidos por clientes dos Estados Unidos. Seu objetivo é acabar com contribuintes ricos dos Estados Unidos que estão escondendo dinheiro no exterior propositalmente.
Ele também quer impedir que bancos estrangeiros usem a fuga fiscal como uma linha de negócios lucrativa. Muitos estavam preocupados que os bancos estrangeiros dispensassem os clientes americanos, para evitar a conformidade, afastando-os dos ativos denominados em dólares.
Em 16 de outubro de 2013, a China permitiu que os investidores britânicos despejassem US $ 13,1 bilhões em seus mercados de capitais altamente restritos. Isso fez de Londres o primeiro centro comercial do yuan (iuane) fora da Ásia. Essa é uma das maneiras pelas quais a China está tentando encorajar os bancos centrais a aumentar seus investimentos em yuan (iuane) chinês. É a maior ameaça potencial ao valor do dólar. A China gostaria que o yuan substituísse o dólar como moeda de reserva mundial.
Desde então, a China vem desvalorizando o yuan em relação ao dólar. Está fazendo isso porque seus líderes estão preocupados que a economia esteja crescendo muito lentamente. O objetivo da desvalorização é amplamente alcançado por meio da compra contínua de dólares americanos pelo banco central chinês. Claramente, as ações da China têm um impacto significativo sobre o valor do dólar.
Fundo
O dólar caiu 40% entre 2002 e 2008. Isso por causa do déficit em conta corrente dos Estados Unidos de US $ 702 bilhões na época. Mais da metade do déficit em conta corrente é devido a países estrangeiros e fundos de Hedge fund (fundo de cobertura).
O dólar se fortaleceu durante a recessão, com os investidores buscando um porto seguro em comparação com outras moedas. Em março de 2009, o dólar voltou a cair graças à dívida dos Estados Unidos. As nações credoras, como China e Japão, temem que o governo dos EUA não suporte o valor de um dólar.
Por que não? Um dólar mais fraco significa que o déficit não custará tanto para o governo pagar. Os credores têm mudado seus ativos para outras moedas ao longo do tempo para conter suas perdas. Muitos tem medo que isso possa se transformar em uma corrida ao dólar. Isso corroeria o valor de seus investimentos nos Estados Unidos rapidamente e aumentaria a inflação.
7 etapas que o protegerão de um dólar em declínio
Existem sete etapas que você pode seguir para se proteger da inflação e da queda do dólar.
- Aumente seu potencial de ganhos por meio de educação e treinamento. Se você ganhar mais a cada ano, pode superar uma queda do dólar.
- Invista parte de seu portfólio no mercado de ações. Mesmo sendo arriscado, os retornos ajustados ao risco geralmente superam a inflação.
- Compre títulos protegidos inflacionados do tesouro e títulos da série I do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos. Essas são duas maneiras sólidas de se proteger da inflação.
- Compre euros, ienes ou outras moedas, que aumentarão de valor se o dólar perder sua força. Você pode comprá-los imediatamente em um banco ou comprar um fundo negociado em bolsa que monitore seus valores.
Alguns especialistas recomendam a venda a descoberto de ações de empresas que serão prejudicadas pela queda do dólar, mas essa não é uma boa ideia para os investidores comuns. É extremamente difícil prever quais empresas serão adversamente afetadas, dadas todas as outras variáveis em jogo. Além disso, é difícil prever quando e com que rapidez o dólar cairá, se sofrer pressão para baixo. - Compre ouro, metais preciosos e ações de empresas de mineração de ouro. Se o dólar cair mais rápido, gerando hiperinflação, você se beneficiará.
- Se você está preocupado com isso, dê este sexto passo. Mantenha seus ativos líquidos, para que possa comprar e vender conforme necessário. Nesse cenário, você deve ter o mínimo possível em imóveis, barras de ouro ou outros bens difíceis de vender.
- Certifique-se de ter um portfólio bem diversificado. Reequilibre sua alocação de ativos se parecer que o ciclo de negócios vai mudar. Você pode dizer isso seguindo os principais indicadores econômicos .
Por que alguns dizem que o dólar pode cair
Alguns dizem que o euro pode substituir o dólar como moeda internacional. Apontam para o aumento dos euros detidos em reservas de governos estrangeiros. Entre o primeiro trimestre de 2008 e o primeiro trimestre de 2020, as participações em euros quase dobraram de US $ 1,16 trilhão para US $ 2,19 trilhões.
Mas os fatos não apóiam essa teoria. Ao mesmo tempo, as participações em dólares norte-americanos mais do que dobraram, de US $ 2,7 trilhões para US $ 6,7 trilhões. As participações em dólares representam 61,99% dos US $ 11 trilhões de reservas mensuráveis totais. Isso é apenas um pouco menos do que os 62,94% mantidos no primeiro trimestre de 2008. O Fundo Monetário Internacional fornece detalhes sobre as reservas de moeda estrangeira para cada trimestre com a Tabela COFER. 3
A China é o segundo maior investidor estrangeiro em dólares. Em junho de 2020, ele detinha US $ 1,07 trilhão em títulos do Tesouro dos EUA. A China insinua periodicamente que reduzirá suas participações se os EUA não reduzirem sua dívida. Em vez disso, suas participações continuam a aumentar. A dívida dos EUA com a China era de 15% da dívida dos Estados Unidos com países estrangeiros.
O Japão é o maior investidor, com US $ 1,26 trilhão em participações. Compra títulos do Tesouro para manter baixo o valor do iene, para que possa exportar mais barato. Sua dívida é de 196% de seu produto interno bruto.
Por que o dólar não vai cair
Muitos dizem que o dólar não entrará em colapso por quatro motivos. Primeiro, é apoiado pelo governo dos Estados Unidos. Isso o torna a principal moeda global. Em segundo lugar, é o meio universal de troca, isso graças a seus sofisticados mercados financeiros. A terceira razão é que a maioria dos contratos internacionais são avaliados em dólares.
A quarta razão é provavelmente a mais importante. Os Estados Unidos é considerado o maior mercado de exportação para muitos países. A maioria desses países adotou o dólar como sua moeda. Outros atrelam sua própria moeda ao dólar. Como resultado, eles têm incentivo zero para mudar para outra moeda.
Muitos no Congresso querem que o dólar caia porque acreditam que isso ajudará a economia dos EUA. Um dólar fraco reduz o preço das exportações dos EUA em relação aos produtos estrangeiros. Seus produtos se tornam mais competitivos. Na verdade, a queda do dólar ajudou a melhorar o déficit comercial dos EUA em 2012.
Conclusão
Embora o dólar tenha caído drasticamente nos últimos 10 anos, ele nunca correu o risco de entrar em colapso. Não é do interesse da maioria dos países permitir que isso aconteça. Um colapso destruiria o valor de seus ativos em dólares.
Independentemente da direção esperada do dólar, a maioria dos especialistas concorda que a melhor proteção contra o risco é manter uma carteira de investimentos bem diversificada. Pergunte ao seu planejador financeiro sobre a inclusão de fundos no exterior. São denominados em moedas estrangeiras, que sobem quando o dólar cai. Foco em economias com mercados domésticos fortes. Além disso, pergunte sobre fundos de commodities, como ouro, prata e petróleo, que tendem a aumentar quando o dólar cai.